sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

Devaneios Furados XVIII

Estou no limite novamente! Ele sempre chega em algum momento... Normalmente ele se afasta pelas pequenas doses de alivio que recebo em dias bons... Mas se aproxima em dias ruins, quando minha guarda fica mais baixa e meus pensamentos mais ferinos... E assim só é necessário um pequeno gatilho pra me fazer transbordar... Eu tento evitar, segurar, mas mal consigo esconder... A dor do peito escorre por um rosto triste... 

Eu não queria que acontecesse... Tento convencer minha mente de que não há motivos para tal sofrimento... Mas como convenço meu coração do mesmo? Como posso controlar aquilo que sinto, quando por mais de 20 anos tem sido os sentimentos que me controlam? Como diria Medulla, não sei como parar de amar, e nem sei se devo tentar... Pois o amor tem essa faceta, é ao mesmo tempo aquilo que me destrói e aquilo que me reconstrói, me repara e me indica o caminho... 

Não trocaria tal sentimento por nada, mas não o recomendo à ninguém... A dor no peito é demais, mesmo com anos de vivência, nunca estou realmente acostumado... E não há nada para evita-la... Enquanto houver a peça faltando, haverá a dor... E eu só posso abraçar a dor, deixa-la transbordar, torcer pra que os dias bons retornem logo e confiar que um dia ela não estará mais presente... Mas no momento, apenas cheguei no meu limite novamente... E transbordo...

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