Tento não me culpar, digo pra mim mesmo que não há nada que eu possa fazer a respeito, que são apenas as reviravoltas da vida... Mas é difícil discutir com os fatos... Difícil se inocentar quando as reviravoltas são conhecidas e até esperadas... Difícil não temer a próxima batida do coração quando sentir significa perder...
Já se vão 27 anos do primeiro amor... 29 anos da primeira paixão... tantos anos desde o primeiro sentimento?... E depois destes, quantos mais?... L, L, T, L, T, N, N, D, D, N, M, L, B, D, A, V, Y, F... Tantos nomes, o mesmo resultado... Seja daquelas que me desprezavam ou das que me amavam... No fim a maldição é sobre saber sentir, saber amar, mas nunca ter o privilégio de viver...
Só posso escolher o que fazer com essa dor... Só posso decidir como encarar cada tragédia emocional... Fico detido à oferecer apenas a carne do meu corpo à aquelas que não possuem meu coração... E me sinto a pior das escórias por nem poder me satisfazer em camas que meu coração não pulsa... Não consigo parar de pensar que elas merecem tanto mais do que posso oferecer... Não consigo não me questionar o quão ridículo é ter um beijo supostamente bom, mas nunca tocar nos lábios nem da menor das minhas paixões... Quantas pessoas uma maldição pode machucar? Ou sou eu quem me machuco e machuco outros por não aceitar a maldição e me recolher na minha insignificância?
5 anos... Quanto maior o sentimento, maior a dor... quase 3 anos sufocando esperanças, praticando paciência, sendo resiliente, e buscando paz... Mas a maldição é cruel... Eu só queria paz, queria uma companhia tranquila, alguém pra poder passar uma tarde juntos fazendo nada... Sem drama, sem caos, sem dor... A maldição nunca descansa... Uma batida errática do coração... Um sentimento em itálico que me toma de assalto... Um encontro inesperado... E a ansiedade anunciando que a maldição seria novamente ativada... SENTIR significa PERDER... Talvez eu nunca venha a ter o privilégio de pelo menos, não perder...
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