domingo, 4 de outubro de 2020

Devaneios Furados XIV

Como as vezes é difícil segurar o que está dentro do peito... O coração parece estar prestes a explodir pelo acumulo de emoções, as boas, as ruins, todas juntas, misturadas como numa batida alcoólica que tem o poder de te embriagar em um só gole e uma dose ser o suficiente para te derrubar... Os ouvidos ressoam um grito mudo que nunca abandonou a garganta, mas como queria gritar... Colocar pra fora tudo isso na forma de uma gutural vocalização do nada...

O maior desses sentimentos não é a tristeza... Não é a dor... É a pura e simples frustração... É olhar no Espelho de Ojesed... E mesmo sabendo que não deveria olhar para o espelho, para não enlouquecer... Me apego ao sonho que ele mostra, pois a realidade é cruel demais... Saber não poder ter o que mais deseja, mesmo que esteja tão perto...

E na falta do grito... A tempestade vinda do coração e presa no cranio, procura caminhos para o exterior... E nos pequenos olhos encontra lagrimas que a muito não eram usadas... Elas se enchem com a tempestade... Trovejam e chovem pelo rosto... Marcam a pele com sal... Mas são apenas vestígios daquilo que está por dentro... Pois o coração continuará acumulando emoções... 

Nenhum comentário:

Postar um comentário