quarta-feira, 21 de outubro de 2020

Devaneios Furados XVI

Me perdi na imensidão da minha alma... O universo que habita em mim se expandiu e me engoliu... Meus ouvidos escutam o som ensurdecedor do silêncio vazio que separa as galaxias... Minha pele arde com o toque ardente das estrelas... Meus olhos se perdem no brilho do cosmos de bilhões de anos atrás... No meu estomago estrelas se fundem onde antes havia borboletas... E no nariz supernovas eclodem vindo de cachos nebulosos carregados de outro universo... 

Talvez nada disso faça sentido pra você... De certa forma não faz pra mim também... Mas ao mesmo tempo é tão claro e transparente como a água fresca de uma nascente numa manhã fresca de verão... Somos apenas meras cascas, com tempo limitado e um processador potente que não sabemos usar... 

O que somos realmente? Somos o infinito! 

O infinito da alma, é um universo dentro de nós... Sempre se expandindo, destruindo galaxias e construindo novas do pó de estrelas resultante... Com seus massivos buracos negros que sugam até a luz pra dentro de si, mas irrelevantes para a grandiosidade do todo... E de tão grande percebe o quão pequeno é em relação ao universo que rege o universo onde nosso universo particular habita... 

Porém o universo possui mais vazio do que matéria... Assim universos distintos podem ocupar o mesmo espaço sem não mais que o choque de alguns meteoritos... E dessa forma nossos universos vão interagindo com outros universos sem nunca toca-los... Até que se encontra um universo que espelha o seu... E o contato desses universos transforma galaxias em pó que alimenta novas galaxias compartilhadas... E tudo parece fazer sentido, sem fazer sentido nenhum... E esses universos continuam a se expandir e colidir e se fundir... Até que um dia se tornarão um único universo...  

Nenhum comentário:

Postar um comentário